O
grande São Paulo da Cruz (1694-1775), fundador da Congregação dos
Passionistas, que se dedicam a pregar a Paixão de Nosso Senhor Jesus
Cristo, também foi favorecido com visões do Menino Jesus. Eis o
relato de uma delas, ocorrida já no fim de sua vida:
Em
uma de suas conversas com uma dirigida espiritual, puseram-se ambos a
rezar, ela de joelhos e o Santo, que estava enfermo, sentado em um
sofá. No mesmo instante apareceu uma maravilhosa luz, e nessa luz
Jesus, sob a forma de um menino de divina beleza. O olhar não podia
suportar tanto esplendor. No mesmo instante o santo ancião, como que
reanimado de uma vida nova, prostrou-se por terra e adorou
profundamente o Menino-Deus, e lhe suplicou de o abençoar.
E,
penetrado dessa humildade que inspira sempre tão profundo e vivo
contacto com o divino, o Santo implorou:
“Eu
vos peço perdão pelas inumeráveis faltas, ingratidões e
irreverências que em tão grande numero de anos de pregações, de
sacramentos recebidos e administrados, eu certamente cometi!”
Mas
o Divino Infante lhe disse:
“Tudo
correu bem; tudo correu segundo minha vontade.”
E,
como para assegurá-lo disso, o Menino Jesus lançou-Se nos braços
do Santo e passou suas pequenas mãos em torno de seu pescoço. Paulo
no mesmo instante o apertou ardentemente contra seu coração,
pediu-lhe a salvação de sua alma.
“A
salvação de tua alma é tão certa quanto é certo que tu me tens
em teus braços!” respondeu o Deus-Menino, e desapareceu.
Retornando à sua fraqueza habitual, o santo ancião não podia
levantar-se; então, dois Anjos se apresentaram e o recolocaram em
sua poltrona.
Fonte: do livro "O Pequeno Rei - O Menino Jesus de Praga", Plínio Maria Solimeo.
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